Queria escrever uma poesia, despida de memórias, vestida de vida. Do remanso das águas, do amor e da dor. Das mãos cheias de nada, das casas desabitadas, dos medos e segredos. Da flor nascida e perdida. Queria tanto escrever uma poesia que vestisse de luz a madrugada. Das relíquias e das imagens, gravada na menina dos meus olhos e que ficam a cirandar feito coloridas levezas pelos corredores da minha alma…. As sedas da vida se fazem no escuro. Nos braços a memória do teu corpo me refaz mais pronta. Inteira! Inteiramente sua. Delicadamente nua.
Minha poesia hoje espera vestida por tuas mãos, o tempo de nos desnudarmos e nos vestirmos um do outro. (Bandys)♥