Cantei para as pétalas que não tinha orvalho, para as
lagrimas que rolavam caladas.
Cantei para os olhos a procura da lucidez, para o
coração que ardia ainda dentro do peito.
Cantei para a primavera sem flor, para o outono cinzento,
para o filho no ventre e cantava na contramão dos dirigentes das trevas, dos
homens perversos e insanos.
Cantei baixinho na luz da noite enquanto o céu
cobria-se de esperanças e os olhos vidrados nas mãos em posição de reza. Cantei
para as estrelas, para o sol e montanhas.
Cantei para a minha solidão, a única que enchia o meu
silencio.
Cantei para aqueles que não tinha voz, e então meu
peito cantava a liberdade gritada.
Cantei liberta, derramando emoção.
Liberdade sempre.(Bandys)♥